(Foto: Jornal Folha da Cidade)
Em 1956 um antigripal (Grippex), começou a ser vendido na Alemanha para tratamento de uma epidemia de Influenza Asiática. Aprovado as pressas, o medicamento baseado em uma droga mágica, impediu o que poderia ter evoluido para uma Pandemia.
Uma fabricante, Chemie Grünenthal, informou que os testes da droga mostraram que era absolutamente segura, passando a ser vendida também como base de um sedativo para tratamento de insônia em 1957, chegando a 90 mil doses por mês em 20 países.
Questionado novamente, os testes não demonstraram toxicidade, e a fabricante reafirmou a segurança. A propaganda ressaltava o quão era inócuo, atoxico e seguro para o paciente.
No Brasil, sob o nome de Sedalis, começou a ser receitado para alívio de nauseas durante a gravidez.
Em meados de 1958, apareceram os primeiros casos de disturbios, que aumentaram muito em 1961, ao acompanhar o aumento das vendas motivadas pela agressiva estratégia de marketing. Mas foi somente no início de 1962 que a empresa resolveu recolher oficialmente todo o medicamento das suas distribuidoras no mundo todo.
O nome da droga: THALIDOMIDA. Atóxica para o paciente, mas para os recém nascidos, foi responsável pela perda de audição, alterações oculares, surdez, paralisia facial, retardo mental, malformações na laringe, traqueia, pulmão e coração. Sem braços e pernas, de 40% a 50% morriam no útero, os outros, nasciam com as mãos ligadas diretamente ao tronco.
Uma das maiores tragédias farmacológicas do século. Resultado da pressa pela aprovação de medicamentos!
Quem não conhece sua história está fadado a repeti-la.
*Marcelo Zanotto*