“A Conib repudia mais uma vez comparações completamente indevidas do momento atual, agora feitas na CPI da Covid, aos trágicos episódios do nazismo que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto. Essas comparações, feitas muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, registrou o comunicado. Atualmente, a instituição tem trabalhado para divulgar o trabalho realizado na campanha “Não compare o incomparável”, que prevê conscientizar a população sobre a tragédia sofrida pelos judeus e desestimular a banalização do Holocausto.
Nesta manhã, Calheiros disse ainda que a comissão “não é um tribunal de guerra, nem de exceção”, mas sim uma “instituição da democracia”. As comparações irritaram alguns senadores presentes na reunião, que chegaram a interromper a fala do relator. Entre eles, os parlamentares Fernando Bezerra (MDB), Marcos Rogério (DEM), Luis Carlos Heinze (PP) e Flávio Bolsonaro (Republicanos). O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD) precisou intervir na confusão e pedir que Calheiros prosseguisse sua fala sem traçar paralelos com o Tribunal de Nuremberg. Em resposta à Aziz, o relator afirmou que não seria censurado. “Estou fazendo uma avaliação. Eu não serei censurado. […] Não podemos dizer ainda que no Brasil ocorreu um genocídio, mas podemos afirmar sim que há semelhanças assustadoras, terríveis, tenebrosas e perturbadoras no comportamento de algumas autoridades que testemunharam aqui na CPI o relato que acabei de ler sobre um dos marechais do nazismo no Tribunal de Nuremberg — negando tudo, enaltecendo Hitler e apresentando-se como salvadores da pátria, enquanto a história provou que faziam parte de uma máquina da morte”, concluiu Renan Calheiros.