A grande expectativa para as apresentações de Taylor Swift no Brasil se deve, em primeiro lugar, ao tempo em que ela passou sem vir para o Brasil. Em 2012, a cantora americana estava no seu quarto álbum de estúdio e ainda não era tão famosa no país. No período, recorreu até mesmo a uma parceria especial com a sertaneja Paula Fernandes para divulgar a sua música “Long Live” por aqui. Durante a década, Taylor se envolveu em polêmicas e lançou seis álbuns inéditos, que reuniram novos admiradores de seu trabalho. Em 2019, um dos fatores mais decisivos para sua carreira aconteceu após o contrato entre ela e a gravadora Big Machine acabar. A companhia foi comprada pelo empresário Scooter Braun, responsável por agenciar carreiras de artistas como Justin Bieber e Demi Lovato, e automaticamente o catálogo dos seis primeiros lançamentos de Taylor passaram a ser dele.
Com a perda do direito sobre suas masters, Taylor anunciou o projeto chamado “Taylor’s Version”, onde regrava os seus primeiros oito álbuns de carreira como “Speak Now”, “1989”, “Reputation” e “Taylor Swift”. Entre os já lançados “Fearless” e “Red”, a cantora inovou com novas identidades visuais e o amadurecimento de voz e arranjos para faixas de mais de dez anos. Com a sobrevida de suas obras antigas, Swift conseguiu reapresentar seus projetos para novas gerações e reviver pautas antigas de sua vida como celebridade, como a rivalidade com Katy Perry e Kanye West e o namoro com o ator Jake Gyllenhaal. Para os fãs, o “Taylor’s Version” reaproxima, traz identificação e mostra o lado inventivo da artista. “Como fãs, nós apoiamos todo esse esforço porque nenhum artista deve perder os direitos sobre sua arte. Observando a Taylor, enxergamos como a indústria musical trata artistas mulheres”, observou o fã Weslley Marques, que acompanha a carreira da musicista há dez anos.
Ainda em seus álbuns após a crise com a Big Machine, Taylor Swift atingiu um novo ponto de aprovação da crítica e captação de público. Seus álbuns pandêmicos, “Folklore” e “Evermore”, lançados em um intervalo de menos de seis meses, exploram referências da música folk e indie e trouxeram a artista para colaborações com músicos alternativos como Haim, Bon Iver e The National. Atualmente, Swift vive uma sequência aprofundada de lançamentos. Desde 2020, contando com regravações do “Taylor’s Version”, ela apresentou seis discos para o público. O próprio clima nostálgico sobre o seu repertório é a premissa principal da “The Eras Tour”, que divide as músicas cantadas no show por álbuns em uma setlist com mais de 40 canções, trocas de figurino, performances de ilusionismo e um extenso palco em formato de violão.
Fonte: JovemPan