O senador paranaense citou uma lista com 176 nomes que foram invadidos por Delgatti, como o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, o deputado e presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), e os senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Cid Gomes. O hacker afirmou que invadiu mais do que os 176 aparelhos, inclusive de políticos de esquerda. “Porque eu fui imparcial, eu invadi inclusive um telefone que tinha o nome de Lula, e não encontrei nada”, argumentou.
“Muito mais que isso. Inclusive, eu cheguei às conversas de V. Exa. com o então Procurador Dallagnol. E essas conversas foram chanceladas pelo STF e são utilizadas até hoje para anular condenações de pessoas inocentes”, complementou o hacker. Moro perguntou se Delgatti acreditava que pessoas cometeram crimes contra Petrobras e roubaram dinheiro. O hacker respondeu que preferia ‘ficar com a versão do STF’.
Por fim, Moro afirmou que Delgatti estava sendo tratado como um “herói” pela base governista e afirmou que as declarações dos depoentes devem ser bem analisadas e que os parlamentares não poderiam tomar tudo o que ele falou no colegiado como verdade. “O que ele fala aqui nós temos que, de fato, analisar, mas nós não podemos ter a palavra de alguém envolvido em crimes em série, inclusive de estelionato, como verdade. Por isso, faço o alerta aqui a muitos dos senadores e parlamentares que estão tratando o depoente como uma espécie de herói”, concluiu Moro.
Fonte: JovemPan