Após Damares, o deputado André Fernandes (PL-CE) tomou o uso da palavra, mas também não fez perguntas a Delgatti. O primeiro de fato a fazer questionamentos ao hacker da Vaza Jato foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele abordou o tema urnas eletrônicas e defendeu o pai, Jair Bolsonaro, e mostrou surpresa ao ouvir que o depoente ficaria em silêncio. Flávio pediu para reproduzir um vídeo sobre o sistema de votação na Argentina. Ele afirma que no país vizinho o processo eleitoral é mais simples e possui uma camada a mais de proteção e, portanto, não houve dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral argentino.
“Sr. Walter Delgatti, o senhor, que é conhecido pelas suas habilidades, pelo que fez ali invadindo celulares, ilegalmente, de autoridades, no que foi conhecido como ‘Vaza Jato’, o senhor recebeu alguma vantagem para fazer esse trabalho? De autoridades, o que foi conhecido como ‘Vaza Jato’, o senhor recebeu alguma vantagem para fazer esse trabalho?”, perguntou Flávio. O hacker respondeu que ficaria em silêncio por orientação do advogado. Surpreso, o senador sugeriu que o depoente teria atuado durante a primeira parte da comissão. “Merece o Oscar. Parabéns, o Oscar vai pra Delgatti!”, ironiza Flávio.
Neste segundo momento da CPMI, Delgatti seguiu em silêncio nos questionamentos dos seguintes parlamentares: os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Rodrigo Valadares (União-SE), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ), Marcos Feliciano (PL-SP), Filipe Barros (PL-PR), Abilio Brunini (PL-MT) e Júlia Zanatta (PL-SC), da oposição, e os governistas Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Rogério Correia (PT-MG), além dos senadores Magno Malta (PL-ES), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Girão (Novo-CE) e Izalci Lucas (PSDB-DF). Pela ausência do presidente Arthur Maia (União-BA), quem está presidindo os trabalhos é o 1º vice, o senador Cid Gomes (PDT-CE).
Fonte: JovemPan