Brasil Publicada em 07/11/18 às 10:08h - 429 visualizações
Dor no pescoço, tontura e sensibilidade à luz são sintomas de doença cerebral silenciosa
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(Foto: Jornal Folha da Cidade)
Algumas doenças não são de fazer alarde, não deixam marcas evidentes e muito menos aparentam seriedade. É o que ocorre com uma quadro chamado de aneurisma cerebral, uma doença silenciosa que é facilmente confundida com dores ou desconfortos corriqueiros, mas que demanda bastante atenção.
Aneurisma Cerebral
O que é?
Um aneurisma pode ser definido como uma dilatação anormal da parede de uma artéria, que faz com que o vaso forme uma protuberância ou aumente de tamanho. Quando esse processo ocorre em uma vaso sanguíneo no cérebro, é chamado de aneurisma cerebral. Embora afete cerca de 5% da população mundial, os aneurismas cerebrais normalmente só geram sintomas quando crescem ou se rompem.
Causas
O aneurisma pode ser congênita, ou seja, quando ele se encontra na região desde o nascimento; ou pode ser causado como resultado da lesão de um vaso, surgindo mais tardiamente.
Sintomas
De acordo com o neurocirurgião Dr. Paulo Porte de Melo, pioneiro na neurocirurgia robótica no Brasil e Colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, os sintomas de um aneurisma cerebral são silenciosos e podem muitas vezes ser confundidos com quadros corriqueiros como dor de cabeça e desconforto muscular.
Principais sintomas de um aneurisma
- Visão dupla
- Perda da visão
- Dores de cabeça acompanhadas de náuseas e vômitos
- Dores nos olhos
- Dores na região do pescoço
- Rigidez e dificuldade para movimentar o pescoço
- Confusão, sonolência ou estupor
- Fraqueza muscular
- Dificuldade de mobilidade em partes do corpo
- Dormência ou redução da sensibilidade de qualquer parte do corpo
- Sintomas do rompimento de um aneurisma
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- Confusão mental, letargia, sonolência ou estupor
- Queda da pálpebra
- Dor de cabeça acompanhada de náusea e vômito
- Fraqueza muscular ou dificuldade de mobilidade de qualquer parte do corpo
- Dormência ou diminuição da sensibilidade de qualquer parte do corpo
- Convulsões
- Fala prejudicada
- Rigidez no pescoço (ocasionalmente)
Fatores de risco
Conforme o Dr. Paulo, tabagismo, colesterol alto, hipertensão e diabetes são os principais fatores de risco que podem levar à malformação da parede de um vaso sanguíneo.
Diagnóstico
O diagnóstico, explica o médico, é realizado por meio de uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Se o aneurisma for muito grave, poderá ser feita uma cirurgia para fechar sua porção mais estreita, utilizando-se equipamentos para impedir a formação de coágulos.Justamente por serem silenciosos, os aneurismas tendem a serem descobertos quando se tornam caso de uma emergência médica.
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Tratamento
O tratamento de um aneurisma varia conforme o histórico do paciente, mas também de acordo com o tamanho do aneurisma e se está ou não se rompendo. Os tratamentos mais usados incluem:
Aneurisma que não se rompeu
Na maioria das vezes, os médicos optam por não tratar aneurismas que não se romperam , já que o risco de rebentarem durante a cirurgia é muito elevado. Normalmente são encaminhadas avaliações regulares e periódicas do tamanho da dilatação para garantir que o aneurisma não está aumentando de tamanho.
Ainda nesses casos, alguns medicamentos podem ser passados para aliviar a dor e, em certas situações o médico pode optar por fazer a cirurgia de remoção.
Aneurisma que se rompeu
O rompimento de um aneurisma é uma emergência médica e, por isso, deve-se ir imediatamente ao hospital para iniciar o tratamento adequado, que normalmente é feito com uma cirurgia para fechar o vaso que está sangrando no interior do cérebro. Quanto mais cedo o tratamento for feito, menores serão as chances de desenvolver sequelas para toda a vida, já que menor será a área do cérebro afetada
Possíveis sequelas
Quando ocorre o rompimento de um aneurisma cerebral, o sangramento causado, embora seja rapidamente contido, pode provocar danos irreversíveis às células do cérebro que estão localizados ao redor do aneurisma, incluindo a morte celular e sequelas como a de um AVC, como dificuldade em levantar um braço por falta de força, difiuldade para falar ou lentidão no pensamento, por exemplo.
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