Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, suspeito de participar da morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (12) na Delegacia de São José dos Pinhais. O relato apresentado pelo advogado Edson Stadler, que defende Eduardo, contradiz os depoimentos dos outros suspeitos e indica que Edison degolou e mutilou Daniel sozinho.
“O objetivo era fazer a castração, corta o pênis [de Daniel] e deixa-lo ao relento”, afirmou o advogado. De acordo com ele, Eduardo disse aos policiais que os três jovens que acompanharam Edison até o local do crime participaram da ação voluntariamente. “[O objetivo] não era mata-lo”, disse o advogado.
Stadler disse ainda que seu cliente contou com riqueza de detalhes tudo o que aconteceu no momento do crime. Em depoimento, Eduardo afirmou que estava dormindo na casa da família Brittes e foi acordado por Cristiana, contando sobre a confusão envolvendo o jogador de futebol.
Ao chegar no quatro do casal, Eduardo viu Edison, David e Igor agredindo Daniel. “Foi a reação dele para o momento. Ele ouviu os demais falando que Daniel tentou estuprar, no momento de certa comoção participou da sessão de espancamento”. Neste momento, o jogador de futebol, tinha bastante sangue na boca e quase não falava.
De acordo com o advogado, após as agressões, o jogador foi colocado no porta-malas do carro e David, Igor e Eduardo concordaram em acompanhar Edison voluntariamente para mutilar Daniel. Nenhum deles teria sido ameaçado. No entanto, o advogado disse que os três jovens não participaram das agressões finais contra Daniel.
De acordo com Eduardo, Edison seguia pela zona rural de São José dos Pinhais e parou o carro depois que viu alguma coisa no celular do jogador. “Em uma reação abrupta, Edison abre o porta-malas, tenta puxar Daniel pelo cabelo, não consegue, puxa pela camiseta e ainda com as pernas dele dentro do carro começa a cortar o pescoço da vítima. Ele puxa ainda mais e continua com os cortes incessantemente, até chegar
O depoimento de Eduardo referente a este momento contradiz o que disseram os outros dois jovens. De acordo com ele, David e Igor desceram do carro e “perplexos” observaram a cena, mas não teriam participado das agressões. Em seguida Edison mutilou Daniel.
Colaboração Rede Massa