Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025

Brasil
Publicada em 29/11/18 às 09:52h - 767 visualizações
Reforma do Colégio Estadual do Paraná ameaça ano letivo de 2019

Jornal Folha da Cidade

 (Foto: Jornal Folha da Cidade)
Marcada para essa semana, uma reunião entre pais de alunos e núcleo educacional do Colégio Estadual do Paraná deve definir os rumos do próximo ano letivo dos quase 4 mil estudantes matriculados na instituição. Previstas para durarem aproximadamente 15 meses, as obras de restauro aprovadas pelo Governo do Estado em junho de 2018, devem começar ainda em dezembro e preveem mudanças importantes nas instalações da escola. Para tanto, a rotina de 3.162 alunos deverá ser alterada, já que o projeto prevê a interdição de boa parte das salas de aula do edifício durante as obras.
Classificada pela Secretaria Estadual de Educação (SEED) como a “maior reforma desde a construção do prédio”, a obra será executada pela empresa Construtora & Incorporadora Squadro Ltda, vencedora do processo licitatório concluído em julho e fechado no valor de R$ 16.970 milhões. Viabilizado pela multinacional de carros Volkswagen do Brasil, como contrapartida aos incentivos recebidos dentro do programa Paraná Competitivo, o projeto arquitetônico concluído já há dois anos inclui a restauração do prédio principal, e renovação das instalações elétricas e hidráulicas do edifício, além da modernização dos elevadores, instalação de sistema de segurança, pintura e paisagismo.
Diante das mudanças, pais e alunos se questionam como ficará a rotina no Colégio Estadual do Paraná durante o período de obras. Quem responde é própria SEED, que, por meio de nota enviada à Tribuna, esclarece que dos 3.862 alunos do Estadual, 2.250 permanecerão na escola durante a reforma. Para tanto, esses alunos serão distribuídos em 22 turmas. Já os demais devem ser remanejados entre quatro instituições: Colégio Estadual Amâncio Moro, Colégio Estadual Tiradentes, Colégio Estadual Conselheiro Zacarias e Instituto Estadual de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto.
Segundo a SEED, a divisão será feita em etapas, conforme o andamento das obras e a disponibilidade das salas de aula das demais instituições. “Sem prejuízo pedagógico para os alunos”, conforme a própria secretaria afirmou, pais e estudantes do Estadual serão informados ao longo desta semana sobre o local no qual as aulas serão administradas no ano letivo de 2019.

Polêmica à vista


Para os estudantes do Colégio Estadual Amâncio Moro, localizado no bairro Jardim Social, outra “novidade”. Com a conclusão do processo de reforma, os 249 alunos matriculados na instituição serão “absorvidos” pelo Colégio Estadual do Paraná. O novo “arranjo”, feito por questões meramente administrativas, segundo a SEED, não deve alterar em nada a rotina dos estudantes. Segundo a assessoria de comunicação da secretaria, o Colégio Estadual Amâncio Moro apenas mudará de nome, passando a ser chamado também de “Colégio Estadual do Paraná”. A SEED enfatiza ainda que “todos os estudantes da escola terão rematrículas garantidas e não haverá necessidade de fazer teste seletivo, como ocorre para as novas matrículas do Estadual”, permanecendo o procedimento obrigatório “somente para as novas matrículas que surgirem para o Amâncio Moro, para o ano letivo de 2019”.

Para definir os detalhes do processo de “absorção” dos novos alunos, uma reunião com os pais dos estudantes do colégio Amâncio Moro aconteceu no fim da tarde da última segunda-feira, na sede da escola. Os resultados do encontro, porém, não agradaram em nada professores, diretores e colaboradores da entidade ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato). Denominado por eles como “ocupação integral” e “dissolução” do Colégio Amâncio Moro, o remanejo das escolas teria sido informado ao conselho do colégio no dia 20 de novembro. Segundo nota divulgada pela APP, no dia 21, professores e funcionários do Colégio Amâncio Moro foram comunicados que “terão que fazer ordem de serviço” além de serem submetidos a concurso de remoção.

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O núcleo sindical afirma ainda que a abertura de novas turmas tem sido vedada há pelo menos três anos na instituição e que a “política de desmonte” instaurada na escola já teria eliminado 5 turmas no total. Na mesma nota, a entidade lembrou ainda do fechamento de outras instituições como os colégios São Francisco de Assis, Professor Brandão, Dezenove de Dezembro e Prieto Martinez, além do anúncio da cessação de atividades do colégio Padre Olympio para 2019.

No que foi considerado pela APP como “estratégia para fechamento dos colégios”, a entidade destaca que o mesmo procedimento está sendo aplicado no colégio Tiradentes, que já não conta mais com turmas no período vespertino e teve encerradas turmas do 8º e 9º ano. Além disso, segundo a APP, matrículas para alunos dos 1º e 6º ano foram negadas ou canceladas na instituição. Tal situação, segundo o núcleo sindical, obriga os funcionários do Tiradentes a “terem que gastar duas conduções a mais para trabalharem manhã e noite”.

Por fim, a APP manifestou discordância em relação aos remanejos anunciados pela SEED, classificando a medida como “desrespeito aos profissionais estudantes, pais e mães” e “desconsideração à comunidade”.

Em nota enviada à Tribuna, a Secretaria Estadual de Educação respondeu à ao núcleo sindical. Confira: “Sobre as críticas divulgadas pela APP Sindicato no que se refere ao colégio Amâncio Moro, a Secretaria Estadual de Educação tem a informar que: Os alunos do Amâncio Moro serão absorvidos pelo Colégio Estadual, fato que tem gerado bastante alegria entre os pais dos estudantes, já que seus filhos passam a ser definitivamente estudantes do Colégio Estadual do Paraná.

Os 17 servidores do Colégio Amâncio Moro entre professores, pedagogos e funcionários serão atendidos dentro dos trâmites legais naturais em processos como este e a Secretaria garante que ninguém será prejudicado.

No que se refere ao colégio Tiradentes, a Secretaria informa que não veta matrículas em qualquer colégio. O que ocorre no caso do Tiradentes é a falta de procura por parte da comunidade, uma vez que o colégio está situado numa região onde não há mais tantos alunos residentes e existem outras escolas próximas, como o Estadual, que geram mais interesse da comunidade”.

Colaboração do Tribuna PR




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