Nesta sexta-feira buscas foram realizadas nos endereços dos advogados que defendem Adélio
Bispo de Oliveira , preso por tentativa de assassinato contra o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). "Nós
não podemos terminar esse inquérito com dúvida", disse. A PF
realizou buscas em endereços ligados ao advogado Zanone Manoel de Oliveira
Júnior, que defende Adélio.
Tudo faz parte do esforço da corporação para esclarecer se houve a participação de terceiros no atentado cometido . O objetivo da ação é descobrir quem financia a equipe de advogados que defende
Adélio. Essa é uma questão que, até agora, não ficou esclarecida. A PF não
descarta que um grupo criminoso ou até mesmo político banque os honorários dos
advogados. As investigações preliminares apontam que Adélio agiu sozinho para
cometer o crime.
Mesmo
assim, a polícia segue investigando se houve mandantes ou participação de
terceiros, para não deixar nenhuma margem de dúvida sobre as circunstâncias do
atentado contra Bolsonaro. Segundo Galloro, porém, o inquérito caminha para o
fim. "A investigação sobre o atentado está bastante avançada. Eu diria que
ela já está 90% concluída", disse.
Adélio foi preso em 6 de setembro, logo após deferir o golpe em Bolsonaro,
quando o então candidato à Presidência participava de um ato em Juiz de Fora
(MG). A facada afastou Bolsonaro da campanha. Em fevereiro, ele deve ser
submetido a uma nova cirurgia. (Isadora Peron | Valor)