(Foto: Jornal Folha da Cidade)
Três vítimas da explosão de um apartamento em Curitiba, que aconteceu neste sábado (29), passam por cirurgia na manhã desta segunda-feira (1º), segundo informações do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie.
De acordo com o hospital, esta é a primeira cirurgia pela qual Raquel Lamb e Gabriel Araújo, moradores do apartamento, e Caio Santos, técnico que realizava um serviço de impermeabilização de sofá no local, passam após a explosão.
Mateus Lamb, de 11 anos, também estava no apartamento e foi arremessado do 6º andar do prédio pela explosão. Ele não resistiu aos ferimentos e foi sepultado neste domingo (30).
O procedimento cirúrgico acontece para a retirada do tecido morto causado pelas queimaduras e para que os curativos sejam trocados.
Reavaliação das queimaduras
Segundo o hospital, os médicos realizaram uma reavaliação nos ferimentos dos três e identificaram que, na verdade, o técnico que realizava o serviço no apartamento teve 65% do corpo queimado na explosão. Inicialmente, os socorristas tinham avaliado que as queimaduras atingiram 35% do corpo dele.
Os médicos também identificaram que Raquel teve menos ferimentos do que inicialmente tinha sido identificado. De acordo com o hospital, ela está com 55% do corpo queimado, ao invés de 80%.
Mateus, de 11 anos, morreu depois da explosão; Raquel e Gabriel estão internados em hospital de Curitiba com queimaduras; o estado de saúde dela é grave .
De acordo com os médicos, os ferimentos estão espalhados por todo o corpo das duas vítimas.
Os médicos ainda avaliam se houve queimaduras nas vias respiratórias das vítimas. "Por precaução, eles estão sendo preventivamente tratados como se tivessem com provável aspiração de fumaça", afirmou o chefe do serviço de Cirurgia Plástica e Queimados do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Marcelus Nigro.
Os dois estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, sedados, e em estado grave.
Gabriel teve 30% do corpo queimado e está em estado estável.
"As primeiras semanas de tratamento são muito importantes para a recuperação das vítimas", afirmou o médico.
Explosão
Segundo a Polícia Militar, a explosão ocorreu por volta das 9h30 da manhã de sábado (29) e foi seguida de um incêndio. O apartamento fica no último andar do prédio, localizado na Rua Dom Pedro I, no bairro Água Verde. No momento do ocorrido, era feita a impermeabilização de um sofá dentro do imóvel.
A Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba, interditou o edifício temporariamente. Os pertences de todos os moradores precisaram ser retirados do prédio, com o apoio do Corpo de Bombeiros.
O edifício tem 24 apartamentos, e cerca de 50 pessoas moram no local.
A Secretaria Municipal da Defesa Social informou que o edifício será liberado somente depois que laudo de análise estrutural, que deve ser apresentado pelo condomínio, seja analisado pela Cosedi.
Investigação
A Polícia Civil abriu um inquérito pra apurar o caso. O resultado da perícia feita no apartamento e em outras áreas do prédio deve ser apresentado em até 30 dias. Apenas com o resultado, conforme a polícia, será possível afirmar com certeza o que provocou a explosão.
O advogado da empresa Impeseg, que fez a impermeabilização do sofá, disse que os sócios estão chocados com o caso, e afirmou que tem informações de que todas as precauções necessárias foram tomadas, como a abertura das janelas do apartamento.
A empresa afirmou ainda que aguarda a conclusão das investigações.