(Foto: Jornal Folha da Cidade)
BRASÍLIA — O general da
reservaAugusto Heleno, futuro
ministro da Defesa, disse ao GLOBO que o serviço de inteligência do país
descobriu indícios de um plano, que qualificou como "terrorista",contra o presidente
eleito Jair Bolsonaro. O general fez
o comentário em resposta a rumores que começaram a circular em Brasília nos
últimos dias sobre o assunto.
— A informação de que foi
plotado um planejamento de um ato terrorista contra o presidente (Bolsonaro) é
verdade. Isso já foi confirmado por autoridades da área de inteligência — disse.
O general não disse, no entanto, quem poderia
ter sido o autor do plano e nem quais as providências tomadas em relação ao
caso. No início da semana, a PF ampliou de 35 para 55 o número de policiais
para reforçar a segurança do presidente eleito. A polícia negou que a medida
esteja relacionada a eventual aumento de risco contra Bolsonaro.
A explicação é que o reforço na segurança já
estava previsto desde a primeira fase da campanha. O sistema de proteção seria
ampliado mesmo se o vencedor tivesse sido o candidato Fernando Haddad.
As informações sobre o suposto plano de ataque
contra Bolsonaro foram discutidas em reuniões na Polícia Federal e na Agência
Brasileira de Inteligência. Uma destas reuniões aconteceu nesta quinta-feira.
Os analistas entenderam que os dados disponíveis não indicam ameaças concretas.
Na entrevista, concedida ontem, o general
Heleno também elogiou a escolha do juiz Sergio Moro para comandar o Ministério
da Justiça.
— Torço muito para que ele aceite. Será uma
honra estar sentado na mesa com o doutor Sérgio Moro. Ele é um grande valor do
país, um homem respeitado aqui e no exterior — disse.